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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Seu Rastro

São onze da noite
E despeço-me de ti.
Seu horários,
Malucos,
Confusos,
Nos impede do "um pouco mais".

Suspiro e entro me meu quarto,
A solidão daquela casa me invade o peito.
Sinto sua falta.

Deito em minha cama,
Vejo que, novamente,
Esquecida que é,
Deixou seus brincos no meu criado.

No ar,
Teu perfume.
Aquele toque floral,
Um tanto cítrico,
Enche meu peito de saudade.

Em meu travesseiro,
Seu cheiro,
Seu rastro.
Aquele seu cheiro de amor,
Paixão,
Desejo.

Abraço minhas cobertas,
Durmo contigo,
Sem você ao meu lado.

- Matheus Schneider

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Despedida

Hoje vivo um dilema.
Rir ou chorar?
Gritar ou cantar?
Correr ou andar?
Não sei.

A felicidade me rasga o peito,
Vejo que vocês,
Guerreiros de fé,
Não se abalaram,
Não caíram,
Tampouco desistiram.

Então vão,
Meu amigos!
Este é só o fim
Do começo de nossas vidas.

Que cada um,
Em seu caminho,
Encontre pedras,
Mas não espinhos.
As pedras vocês usaram,
Com calma,
Uma por uma,
Pra construírem seu próprio destino.

- Matheus Schneider

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Quem Sabe a Morte

O que seria da Vida, se não a Morte?
Sua única certeza,
Ou quiçá, incerteza.
A vida é incerta.

Quem sabe a Morte,
Em sua figura,
Com belas roupas e seu perfume,
Aquele perfume inconfundível
Que só quem já sentiu,
Sabe o quão suave é.

Morte,
De perto eres tão enigmática,
Fria,
Mas não sabem que trazes o bem.

Cada ser que tu conheceres,
Oh Morte,
Perdoa-lhe.
E quando tu, Morte,
Saber da minha hora,
Busque-me,
Lhe receberei de braços abertos,
Pois o último sabor que me restará
Será o gosto do teu beijo
Que aguardo, sem pressa,
Mas com a vontade que mais me atiça.

Venha, Morte,
Mas não se apresse.
Venha, Morte,
Mas não se acanhe.

Um dia, Morte,
Serei só teu.

- Matheus Schneider

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Serenata

Caminho até tua casa,
Espero lhe encontrar na janela.
Sei que estará lá,
Com os cotovelos apoiados no parapeito.

Seus lábios vermelhos,
Seu cabelo cacheado,
Aquele seu perfume que reconheço à distância.

Distância.

Caminho até tua casa,
O sol é forte,
Mas o amor é ainda mais.
Contento-me.

Lá está você,
Lindo como um anjo,
Me olhando,
Transbordando amor.

Pego meu violão
E num gesto, começo à cantar um verso:
"Linda mulher que guardo lembranças,
Sinto tua falta à cada instante,
Uma saudade irritante, um imensa dor.
Peço pra nós,
Meu bem, tu amor do mundo,
Pois tu és meu anjo,
E eu sou teu vagabundo".

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Ano novo, vida nova

O ano está acabando,
Hora de confraternização,
Beijos, abraços,
Risos e lembranças.

Mas quem foi você durante esse ano?
Quem foi você em todos esses anos?
Se arrepende de não ter tido,
Na hora certa,
A palavra certa.
Se arrepende de não ter feito,
Na hora certa,
A coisa certa.

Quem é você?
Qual é o teu nome?

Presenteie-se com seu calvário,
Beba do copo do mundo,
Diga que no próximo ano
Tudo será diferente.

Ilude a quem?
Engana sem porque.

Prometa à si mesmo, Homem,
Que se entenderá.
Teve 365 oportunidades de ser feliz.
Se quer ser feliz,
Então feliz será!