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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Quem Sabe a Morte

O que seria da Vida, se não a Morte?
Sua única certeza,
Ou quiçá, incerteza.
A vida é incerta.

Quem sabe a Morte,
Em sua figura,
Com belas roupas e seu perfume,
Aquele perfume inconfundível
Que só quem já sentiu,
Sabe o quão suave é.

Morte,
De perto eres tão enigmática,
Fria,
Mas não sabem que trazes o bem.

Cada ser que tu conheceres,
Oh Morte,
Perdoa-lhe.
E quando tu, Morte,
Saber da minha hora,
Busque-me,
Lhe receberei de braços abertos,
Pois o último sabor que me restará
Será o gosto do teu beijo
Que aguardo, sem pressa,
Mas com a vontade que mais me atiça.

Venha, Morte,
Mas não se apresse.
Venha, Morte,
Mas não se acanhe.

Um dia, Morte,
Serei só teu.

- Matheus Schneider